Escolhas

 

Letras encantadas.

Meus pensamentos são letras!

Letrinhas que como grilos saltitantes! 

Pulam umas sobre as outras!

Sem parar um só instante!

Parece até que estão loucas!

Tanto as vogais, como as consoantes!

Num frenético ballet!

Trocando as mãos pelos pés!

Fazem firulas,,, com as vírgulas!

Pulam amarelinha nas entrelinhas!...

Pensam que sozinhas, são capazes de conquistar o mundo!

E suspiram tão profundo!

Usam os pontos de interrogação como guarda  chuvas  imaginário!

Pobrezinhas, mal sabem elas que sozinhas, são  como andorinhas!

E "uma andorinha só não faz verão!"

Exclamações só se for de alegria,  pensam que a vida é só poesia!  Parênteses, pulam todos, num salto ou vôos livres!

Como peixinhos  voadores gritando: Deus nos livre desse aquário! 

Aspas, então, nem se dão conta, acham que de ponta a ponta, o mundo é de sua autoria!

Ponto final para elas, é apenas uma pedrinha no caminho! 

Que mesmo depois de um tropeço, é sinal de recomeço!

Ah! ainda quase me esqueço!

Essas letrinhas

são sabidas, que só ! 

Sabem dar laços e nós!

"Dão nós até em Pingo d'Água"!

 Depois " chorando  as pitangas!"

Dizem  que são só crianças! 

E com olhos de esperança! Envolvem minha alma num grande abraço!

Gostam  de criar historinhas de amor!

Pois só sabem ler o mundo  de cor!

*Asteriscos para elas, são rabiscos!

São rastros desenhados por estrelas!

E as letrinhas querem conhecer cada uma delas!

E minha mente que pensa que um dia  poderá contê-las!

Essas letrinhas encantadas,  que querem viver num conto de fadas!

Somente  a noite quando dormem, silenciam!

Assim como meus pensamentos, adormecem, todas ávidas de sonhos!

E  pela manhã acorda o alfabeto  inteiro  com seus olhinhos cansados!

"Bom dia ! Hoje  está um lindo dia!

Propício para uma poesia!

Passamos a noite inteira, sonhando acordadas!

Esperando o dia amanhecer e a magia acontecer! 

Enquanto para nosso espanto, você dormia!

Cada uma de nós ouvia  um canto!

Uma suave melodia! "

E numa só voz,,, me disseram baixinho... Que isso  acontece há  muito tempo!  Que elas bailam  em meu pensamento!

 Até amanhecer o dia!  Quando o sol rompe as barreiras da noite e a música  para elas silencia!

Mal sabem elas  que letrinhas  são como estrelinhas!

E estrelas passam a noite acordadas e acesas  só  para reconhecer o próprio  brilho, no brilho das amiguinhas! 

Ah! Letrinhas  atrevidas! 

Enquanto eu estava distraída!

Saltaram dos meus pensamentos e vieram repousar dentro do meu coração!

Agora sim, vão me ensinar a sonhar e  a escrever cada sonho!   

 Vão até  fazer morada, nesses versos que componho!

Se nessa manhã tão bela!

 Uma Luz azul no céu reluz!

 São para libertar as letrinhas encantadas!

Aprisionadas num livro de conto de fadas!

Um livro onde dorme a esperança e brilha no olhar de cada criança!

Liberta Senhor,  todas as letrinhas do mundo, com o seu Divino amor!

Para que elas possam voar, como passarinhos!

E pousar em nossos corações e fazer ninhos!

Gislene Maria Pereira Boldorini.

 

 

Texto de Renato Sandoval

Conhecendo o mundo

Uma semana

 

Renato Sandoval 

comemorando a chegada do neto

 

Muito lindo o Tomás. 

Nasceu meu bisneto
Tomás M P Sandoval

"Dizem que, a uma certa idade, nós as mulheres nos fazemos invisíveis. Que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.

Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser. Porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.

Descobri que não sou uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte. Com suas misérias e suas grandezas.

Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros.

E apesar disso…

Gostar de mim!

Quando me olho no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou… Me alegro do caminho andado, assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar 

a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha. Seu mundo de ilusões e fantasias, já não me interessa. É bom viver sem ter tantas obrigações. Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos...'

A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir...”

                                              -Blandinne Faustini💙

 

 

 

 

Síntese da felicidade 

 " Desejo a você.

Fruto do mato

Cheiro de jardim

Namoro no portão

Domingo sem chuva 

Segunda sem mau humor

Sábado com seu amor

Filme do Carlitos

Chop com os amigos

Crônicas de Rubem Braga

Filme antigo na TV

Ter uma pessoa especial

e que goste de você

Música do Tom com

letra de Chico

Frango caipira em pensão

do interior

Ouvir uma palavra amável

Ter uma surpresa agradável

Ver a banda passar

Noite de lua cheia

Rever uma  velha amizade

Ter fé em Deus

Não ter que ouvir uma 

palavra não, nem nunca,

nem jamais adeus.

Rir como criança

Ouvir canto de passarinho

Sarar de resfriado

Escrever um poema de amor

que nunca será rasgado.

Formar um par ideal

Tomar banho de cachoeira

pegar um bronzeado legal

Aprender uma nova canção

Esperar alguém na estação

Queijo com goiabada

Pôr-do-sol na roça

Uma festa 

Um violão

Uma seresta

Recordar um amor antigo

Bater palmas de alegria

Uma Tarde amena

Calçar um velho chinelo

Sentar numa velha poltrona

Tocar violão para alguém

Ouvir chuva no telhado

Vinho branco

Bolero de Ravel

E muito carinho meu. "

 Carlos Drummond de Andrade

 

Aquarela na janela

 

 A lua de hoje

Pés dançantes

da Renata Paolucci

 

Pintura Digital

 

 

Falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências, viver sem ponto final.

Charles Chaplin

Chega um momento em sua vida, que você sabe: Quem é imprescindível para você, quem nunca foi, quem não é mais, quem será sempre!

Charles Chaplin

  Resposta inteligente para CHICO BUARQUE, escrita por Daniel D'Ane:

"Perdoe se minha admiração não é irrestrita. Você apoia quem rouba, quem roubou e quem tem roubado, não tem discussão.

De Paris, você não se importa em ver a Pátria Mãe, tão distraída, ser subtraída em tenebrosas transações. Afasta de ti esse cálice, Chico!

O que será que lhe dá pra defender quem não tem decência, nem nunca terá, quem não tem vergonha, nem nunca terá, quem não tem limite?

Cantei cada uma de suas canções como se fosse a última!

Olhos nos olhos, dói ver o que você faz ao defender quem corrompe, engana e mente demais.

Não é por estar na sua presença, mas você vai mal. Vai mal demais.

Eu te vejo sumir por aí, arruinando sua biografia, que se arrasta no chão, cúmplice de malandro com aparato de malandro oficial, malandro investigado na Polícia Federal.

É, Chico, você tá diferente, já não te conheço mais. Quem te viu, quem te vê!

Trocando em miúdos, pode guardar as sobras de tudo que não conseguirem roubar.

Apesar de você e do PT,  amanhã há de ser outro dia."

QUEM É TUA AVÓ?

 - Minha avó, é aquela senhora que carrega na bolsa um pacote de lenços umedecidos, um doce e uma fralda de emergência.

 - Minha vó, é aquele foguete tão rápido que disparou pela casa e está por toda parte.

  -Minha avó, é aquela mágica que faz as lágrimas desaparecerem com um beijo.

 -Minha avó, é aquela mulher forte capaz de segurar meus 15 quilos em um braço, mesmo que todos os seus ossos doam depois.

 -Minha avó, é aquela Campeã de Atletismo capaz de chegar em décimos de segundo de 0 a 100 para evitar que eu caia da escada.

 -Minha avó, é aquela heroína que sempre vence meus pesadelos com uma carícia.

 -Minha avó, é aquela senhora de cabelo bicolor, que diz que assim que tiver outro momento vai ao cabeleireiro.

 -Minha avó, é aquela contadora de histórias que lê e inventa as histórias mais engraçadas só para mim.

 -Minha avó, aquela cozinheira capaz de me fazer um jantar gostoso com duas coisas que sobraram na geladeira.

 -Minha avó, é aquela médica que sabe só de olhar se estou com febre, quanto e o que fazer.

 -Minha avó, é aquela cantora que à noite canta a música mais doce enquanto me embala um pouco.

 -Minha avó é aquela palhaça que me faz dobrar de rir só de mexer no rosto.

 Você a vê?  É ela, a mais bonita; a que sorri….  

São Vocês!!!!!

 

Luisa Michels

 

 

 

Querido Filho:

Enquanto viveres nesta casa, obedecerá as regras.

Quando tiveres a tua casa, obedecerá as tuas próprias regras.

Aqui não governa a democracia, não fiz campanha eleitoral para ser sua mãe: você não votou em mim.

Somos mãe e filho pela graça de Deus, e eu aceito respeitosamente o privilégio e a responsabilidade assustadora.

Ao aceitá-la adquiro a obrigação de desempenhar o papel de mãe.

Não sou sua amiga, não sou sua motorista, não sou sua caixa automática, não sou sua mulher de limpeza... sou sua mãe

Vou zangar-me contigo, deixar-te-ei louco, serei o teu pior pesadelo e seguir-te-ei onde for.

Quando você entender isso, saberei que você é um adulto responsável.

Nunca encontrarás alguém que te ame, ore e se preocupe mais do que eu.

Não sou a tua parceira, as nossas idades são muito diferentes.

Podemos partilhar muitas coisas, mas não somos parceiros.

Sou a tua mãe e isso é cem vezes mais do que uma amiga.

Também sou tua amiga, mas estamos em níveis completamente diferentes.

Nesta casa farás o que eu disser e não deves questionar-me porque tudo o que eu ordenar será motivado pelo amor.

Vai ser difícil compreender-me até que tenhas um filho, enquanto isso confia em mim..

..te amo sua mãe 

Texto. ..Pablo Canelapontoja 

Por Favor, Façam Silêncio!

Por favor, façam silêncio!

Preciso pensar um pouco,

Viajar para dentro de mim,

Descobrir algum segredo escondido, 

E elucidar algo ainda remoído. 

Por favor, façam silêncio!

Preciso dormir um pouco,

Uma hora, uma tarde, uma noite,

Uma vida... Sei lá!

O tempo que meu corpo demandar.

Necessito de concentração,

Um pouco de calma, serenidade...

Do silencio noturno da cidade,

Para achar as palavras certas e falar, 

Pois não quero - de todo - decepcionar.

Preciso respirar um pouco, 

Controlar o meu impulso,

Tentar me reconstruir, 

Reparar as arestas,

E resgatar tudo que perdi.

Aprender tudo que não sei,

E jurava que já sabia...

Sentir o sabor do que nunca provei,

Mas que por um motivo qualquer, 

Eu sempre desprezei. 

Por favor, façam silêncio!

O mundo não é mais o mesmo,

É preciso semear novas emoções.

A primavera já não flore tanto, 

E está demais o desencanto...

Não liguem se eu chorar um pouco.

Não... Ainda nao estou louco, 

Mas quero pegar o tapete e voar,

Subir o mais alto que puder,

E descobrir os mistérios do ar.

Isso não é capricho do meu coração, 

Nem consequência de solidão, 

Quero apenas verificar

Até onde - ileso - consigo chegar,

Seguindo o que manda a paixão. 

Recordar o meu passado distante, 

Esquecer o que não é importante,

Corrigir o que de errado eu fiz,

Rever alguma poesia mal acabada,

E colocar os devidos pingos nos 'is'.

Por favor, façam silêncio...

Vou aproveitar essa brisa amena,

E sair cantarolando por aí 

Uma cantiga que fale do bem,

Numa melodia boa de refletir...

Só por um instante mais, peço silêncio,

Escutem atenciosamente a minha voz,

E que minhas palavras consigam 

Transmitir um pouco  de confiança,

Sensatez, compreensão e esperança. 

Não almejo ser o centro das atenções, 

Nem tampouco formador de opiniões, 

Apenas desejo compartilhar 

Um pouco do que a vida,

Gentilmente, confiou me ofertar. 

Na verdade, não tenho muito para falar,

Talvez seja mais prudente ficar calado, 

Muitas vezes é o silêncio que aponta 

O que de melhor deve ser enunciado, 

Por isso, termino aqui. Muito obrigado!

(Newton Flávio de Macêdo)

 

Bolinho de chuva

Em noites frias, nada aquece o coração como um bolinho de chuva recém-frito. A mistura simples de farinha, açúcar, leite e ovos se transforma em uma delícia crocante por fora e macia por dentro, envolta em açúcar e canela.

Lembro-me de quando era criança e minha mãe preparava esses bolinhos para nós depois da escola, enquanto a chuva caía lá fora. Sentávamos ao redor da mesa da cozinha, as mãos geladas sendo aquecidas pela xícara de café com leite quente enquanto devorávamos os bolinhos frescos.

O aroma adocicado da massa fritando na frigideira e o som do óleo crepitando criavam uma atmosfera reconfortante em casa. As paredes lá fora estavam encharcadas, a roupa no varal parecia nunca secar, mas a sensação de acolhimento e conforto que aqueles bolinhos proporcionavam era demais.

Mesmo agora, como adulto, ainda sinto a mesma alegria e conforto quando preparo bolinhos de chuva em noites frias. Eles são uma lembrança gostosa da minha infância e uma tradição que pretendo passar adiante para a minha própria família. Às vezes, as coisas mais simples podem trazer as maiores alegrias, e os bolinhos de chuva são uma prova disso.

 

Hoje aniversário dela...

Quanta saudade!

 

INDOLÊNCIA

Você era tão bonita,

E eu a amava tanto...

Tanto que nem sei,

Como segurar o meu pranto!

Você vivia tão intensamente,

Que não dá para compreender,

Essa mudança descabida,

Que simplesmente atingiu você.

Você era tão encantadora,

Felicidade rimava com você!

Decididamente decidida,

Seu lema era crescer, crescer...

Mas o tempo nunca para,

Ou será o mundo que cobra?

Sei lá... Acho tudo tão descabido...

As vezes é triste o que sobra!

Vejo-a se esmolambando,

Quieta no seu canto, pensando...

Se é que o pensamento vem,

Quando nada mais convém!

Nem um barranco para escorar,

Pois tá difícil até caminhar...

O jardim da vida que tanto floriu,

É coisa morta, imergiu!

Como é triste esse tal destino,

Tanto nos dá como nos tira...

É muito difícil se conformar,

Com tanta coisa a nos abalar!

Ah meu Deus, me ensina viver,

Antes que eu venha padecer!

Vé-la desse jeito, tão indolente,

Deixa-me deprimido, doente...

Sei que o tempo que trás,

É o mesmo tempo que leva,

Mas o buraco que ele faz,

É profundo, e como enerva!

Esse vento frio que abranda,

É o mesmo vento que destrói,

Leva afora os nossos sonhos,

E deixa um buraco que dói!

Queria tanto entender,

Porque tudo tem que ser assim,

Podia tanto a felicidade render,

E o que é saudável não ter fim...

. . .

Você é tão bonita,

E eu a amo tanto!...

(Newton Flávio de Macêdo)

Dia do Comediante

26 de fevereiro

 

 

 Mosteiro da Divina Misericórdia

Visita ao Mosteiro