CASA DE TELHA

Quando a trovoada roncava forte e raios brincavam de ziguezague no espaço esbranquiçado deixando um rastro de fogo no céu, minha mãe pegava a minha irmã mais nova e eu e a gente corria pra debaixo da mesa!

Nossa casa não tinha forro e o medo dela era que o vento forte derrubasse algumas telhas sobre nossas cabeças!

Ali, naquele espaço apertado, abraçando a nós dois eu nem sentia medo da chuva com vento forte.

Aquele cheiro gostoso de colo de mãe me dava segurança e, naqueles momentos de possível perigo, eu via seus lábios murmurarem uma oração! Tamanha era a sua fé que eu até gostava daqueles momentos!

Hoje, quando me vejo no meio das tempestades da vida, eu me lembro dela nos abraçando e fazendo a sua prece, então, continuo sem medo das chuvas fortes de vento que passam pelo meu caminho e trago uma lição pra toda minha vida:

"Você não deve ter medo dos dias de temporais se você sabe QUEM está ao seu lado naqueles momentos!"

Toda Santa tem um nome mas a minha eu chamava pelo apelido: Mãe!!!

Jonas De Antino