Blog da Celina

Estou aqui para dizer que faço um pouco de tudo...
Algumas coisas eu faço melhor e outras dou minhas cacetadas.
O que gostaria mesmo de fazer é escrever coisas bonitas, contar lindas histórias, memórias, causos, quem sabe alguns versos...Mas não tenho capacidade pra isso tudo, então me contento em ler, apreciar e colocar aqui para que vocês possa apreciar também.
Então vamos lá e mãos a obra...


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023


Bolinho de chuva

Em noites frias, nada aquece o coração como um bolinho de chuva recém-frito. A mistura simples de farinha, açúcar, leite e ovos se transforma em uma delícia crocante por fora e macia por dentro, envolta em açúcar e canela.

Lembro-me de quando era criança e minha mãe preparava esses bolinhos para nós depois da escola, enquanto a chuva caía lá fora. Sentávamos ao redor da mesa da cozinha, as mãos geladas sendo aquecidas pela xícara de café com leite quente enquanto devorávamos os bolinhos frescos.

O aroma adocicado da massa fritando na frigideira e o som do óleo crepitando criavam uma atmosfera reconfortante em casa. As paredes lá fora estavam encharcadas, a roupa no varal parecia nunca secar, mas a sensação de acolhimento e conforto que aqueles bolinhos proporcionavam era demais.

Mesmo agora, como adulto, ainda sinto a mesma alegria e conforto quando preparo bolinhos de chuva em noites frias. Eles são uma lembrança gostosa da minha infância e uma tradição que pretendo passar adiante para a minha própria família. Às vezes, as coisas mais simples podem trazer as maiores alegrias, e os bolinhos de chuva são uma prova disso.



 


Hoje aniversário dela...
Quanta saudade!

 

domingo, 26 de fevereiro de 2023


INDOLÊNCIA

Você era tão bonita,
E eu a amava tanto...
Tanto que nem sei,
Como segurar o meu pranto!
Você vivia tão intensamente,
Que não dá para compreender,
Essa mudança descabida,
Que simplesmente atingiu você.
Você era tão encantadora,
Felicidade rimava com você!
Decididamente decidida,
Seu lema era crescer, crescer...
Mas o tempo nunca para,
Ou será o mundo que cobra?
Sei lá... Acho tudo tão descabido...
As vezes é triste o que sobra!
Vejo-a se esmolambando,
Quieta no seu canto, pensando...
Se é que o pensamento vem,
Quando nada mais convém!
Nem um barranco para escorar,
Pois tá difícil até caminhar...
O jardim da vida que tanto floriu,
É coisa morta, imergiu!
Como é triste esse tal destino,
Tanto nos dá como nos tira...
É muito difícil se conformar,
Com tanta coisa a nos abalar!
Ah meu Deus, me ensina viver,
Antes que eu venha padecer!
Vé-la desse jeito, tão indolente,
Deixa-me deprimido, doente...
Sei que o tempo que trás,
É o mesmo tempo que leva,
Mas o buraco que ele faz,
É profundo, e como enerva!
Esse vento frio que abranda,
É o mesmo vento que destrói,
Leva afora os nossos sonhos,
E deixa um buraco que dói!
Queria tanto entender,
Porque tudo tem que ser assim,
Podia tanto a felicidade render,
E o que é saudável não ter fim...
. . .
Você é tão bonita,
E eu a amo tanto!...
(Newton Flávio de Macêdo)


Dia do Comediante
26 de fevereiro