Blog da Celina

Estou aqui para dizer que faço um pouco de tudo...
Algumas coisas eu faço melhor e outras dou minhas cacetadas.
O que gostaria mesmo de fazer é escrever coisas bonitas, contar lindas histórias, memórias, causos, quem sabe alguns versos...Mas não tenho capacidade pra isso tudo, então me contento em ler, apreciar e colocar aqui para que vocês possa apreciar também.
Então vamos lá e mãos a obra...


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Enquanto isso...no país dos bobos...

Era um país muito engraçado, não tinha escola, só tinha estádio. Ninguém podia protestar não, porque a PM sentava a mão. Ninguém podia ir pro hospital, porque na fila estava um caos. Ninguém sabia reclamar não, porque faltou educação. 
Mas era feita com muito esmero, 
no país dos bobos, saúde 0!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cerqueirada

As Cajazeiras... ou melhor as Cerqueiras...


Estão prontas pra Cerqueirada
31 de agosto em Itapetininga


terça-feira, 11 de junho de 2013

Jacqueline Aisenman


Houve um tempo em que o sabor da noite me envolvia e fazia de mim uma espécie de louco sem âncoras e cheio de asas espessas. Era um tempo em que o papel vivia cheio de letras e as mãos nunca tinham sede de tinta. Agora este tempo parece tão longe, como se nunca tivesse existido. E olho o papel que me olha também e nossos olhos não conseguem se entender. E mexo as mãos e elas se encolhem não tocando nem a mim mesma. Houve um tempo em que a noite me dava vida. Hoje ela me prepara para a morte.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Jacqueline Aisenman

LIMIAR DE UM FIM

Encontro-me a um passo da loucura
Antecedeu este ápice uma íngreme subida
Aos céus do mundo, nuvens de tortura
Inferno numa lágrima esculpida

Pairavam sonhos sem serem sensatos
E era tão bom viver sonhando desvairada
Burlando leis, cumprindo desacatos...

Apenas, como tudo na existência
Valeu-me o tempo e corte do feliz
Despi-me da couraça e da essência
Herdei de mim profunda cicatriz.

Agora, quando exausta vou ao chão
Sem o sorriso que outrora foi a luz,
Baixo os olhos e estendo as mãos
Finjo não ver o abismo que seduz.

Jacqueline Aisenman
De meu livro Coracional, 2007