Meu blog tem coisas que eu gosto como: fotos, desenhos, doodles, zentangles, poesias, textos inteligentes e artes feitas por mim e por minhas irmãs. Pinturas e algum artesanato . E agora bonecas de pano.
Blog da Celina
Estou aqui para dizer que faço um pouco de tudo...
Algumas coisas eu faço melhor e outras dou minhas cacetadas.
O que gostaria mesmo de fazer é escrever coisas bonitas, contar lindas histórias, memórias, causos, quem sabe alguns versos...Mas não tenho capacidade pra isso tudo, então me contento em ler, apreciar e colocar aqui para que vocês possa apreciar também.
Então vamos lá e mãos a obra...
Algumas coisas eu faço melhor e outras dou minhas cacetadas.
O que gostaria mesmo de fazer é escrever coisas bonitas, contar lindas histórias, memórias, causos, quem sabe alguns versos...Mas não tenho capacidade pra isso tudo, então me contento em ler, apreciar e colocar aqui para que vocês possa apreciar também.
Então vamos lá e mãos a obra...
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Imigrar
Imigrar é se desapegar.
É se lançar...
É conhecer culturas…
Novas aventuras...
Totalmente desprotegido se jogar ao desconhecido.
É calejar de saudade...
E pedir de caneca, gestos de bondade.
Romper com raízes...
E criar cicatrizes.
É chegar desprevenido a mercê de bandidos.
Confiar no desconhecido que logo te tornas arrependido.
Receber sorrisos e de início acreditar que são verdadeiros abraços...
E mais tarde perceber que são totalmente falsos.
Viver na insegurança de um futuro que de real só há a esperança.
É ir e voltar em eternas despedidas, que te faz refém dar idas e vindas.
É sofrer da Síndrome do Aeroporto, da qual os sintomas passam por dor no peito, taquicardia, lacrimejamento, arrependimento, dúvidas, inseguranças, vontade de ficar, vontade de voltar.
É abraçar os mais velhos na despedida
E não saber se ainda os veremos com vida.
Imigrar para uns é sofrer, para outros é vencer.
Para os que sofrem em demasia, imigrar passa a significar prisão, escravidão.
Vira mesmo uma patologia, uma enfermidade…
Que a cura está no voltar ao seu país, à sua cidade.
Para os que vencem imigrar às vezes é meio dúbio; uma mescla de vitória merecida com a alma dividida.
Não há ao seu redor um amigo de infância…
Não há como partilhar as lembranças de criança.
A pergunta: "Está valendo a pena?" é uma constante neste tema.
Conclusões a parte, imigrar é fazer valer.
Vencendo ou perdendo, é fazer do perder um novo saber.
É ser o ator principal de uma peça apresentada no estrangeiro,
Onde ninguém lhe entende,
Mas você se faz presente.
É formar guetos,
porque é o jeito!
É buscar calor…
É fugir da dor…
E no meio dos novos amigos, até nos sentimos queridos.
Senão morremos de solidão…
Senão vivemos em solidão.
Passamos a ter um sentimento agridoce…
O doce e o salgado se misturam num coração dividido,
que sente os dois sabores despendidos.
A vida tem um ponto onde foi bifurcada, onde pegamos o caminho que sai do caminho.
O curso natural é mudado e criamos um novo caminho, onde não ficam pegadas marcadas no chão, porque é um caminho de solo duro, que na maioria das vezes não conseguimos voltar, porque não há pegadas, que indiquem o caminho de volta.
Imigrar é transpor um oceano de dificuldades …
e chegar em uma terra nova com um futuro sem muita especificidade.
Enfim, imigrar é sair de si mesmo, para mais tarde tentar se reencontrar…
É se desacomodar, para mais tarde achar algo mais cômodo…
É buscar um novo mundo e fazer dele o seu próprio mundo.
Com perdas e ganhos…
Com encontros e desencontros…
Tropeçando, caindo e levantando…
E o mais importante, é o não desitir e sim o persistir rumo ao objetivo fixado, ao sonho idealizado.
Euler Rocha
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