Blog da Celina

Estou aqui para dizer que faço um pouco de tudo...
Algumas coisas eu faço melhor e outras dou minhas cacetadas.
O que gostaria mesmo de fazer é escrever coisas bonitas, contar lindas histórias, memórias, causos, quem sabe alguns versos...Mas não tenho capacidade pra isso tudo, então me contento em ler, apreciar e colocar aqui para que vocês possa apreciar também.
Então vamos lá e mãos a obra...


domingo, 2 de dezembro de 2012

Reticências

Reticências

Adoro Reticências... Aqueles três pontos intermitentes que insistem em dizer que nada está fechado, que nada acabou, que algo sempre está por vir! A vida se faz assim! Tudo ainda por se dizer...
Nascendo... Brotando...Sublimando... Vivo assim... Numa eterna reticência... Para que colocar ponto final?
O que seria de nós sem a experiência da continuação? 
AD.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Minha cela, minha vida!

 Sensacional...

Minha cela, minha vida!*

O Supremo deu um basta
na majestosa pandilha,
que andava em matilha
se achando acima da lei,
protegida pelo " rei ",
ficava tudo em família!

Mas desabou o castelo
desses bandidos safados,
falo dos atolados
na lama do mensalão,
saqueadores da Nação
da vergonha deserdados!

Subestimaram a força
dos homens de capa preta,
que não usam baioneta
mas não temem camarilha,
pois desmontaram a quadrilha
Somente usando caneta.

Brilhante, Joaquim Barbosa,
Ministro de fundamento,
homem de conhecimento
e do mais notável saber,
não precisa nem dizer
que é o grande herói do momento.

Liderou toda uma equipe
com firmeza e maestria,
nessa nobre cirurgia
feita na quadrilha inteira,
pra estancar a roubalheira
que há muito se promovia.

Mas parte da nossa imprensa,
covarde, não fala nada... ,
pois vem de longe comprada
por verbas publicitárias,
propagandas milionárias
para se manter calada.

O que me tapa de nojo
nesse covil de falsários,
é ouvir os comentários
de bandidos condenados,
se dizendo "injustiçados:"
Mas que bando de ordinários!!!

Que a máfia não se preocupe
com a chuva, sol ou com vento,
pois não vai ficar ao relento...
sem casa, cama e comida,
pois ela será incluída
num eficiente programa,
que oficialmente se chama:
" MINHA CELA, MINHA VIDA! "

Autor: Alamir Longo - RS

domingo, 21 de outubro de 2012

VIDA ADORMECIDA

Passo as noites a insoniar
com meu corpo e
minha mente
que, cansados,
levantam automáticos
autômatos e sorriem
para o dia que não vêem.
Passo as noites a sonhar
com uma parte de mim
que não sei o que é
e de quem é feita,
mas que se vai e vai,
viaja, vive, tudo faz tão descansada
que, nos despertares das manhãs seguintes
mesmo se a vida suposta real é insonhável,
de exaustidão meu corpo fica mudo
exaurida a mente nem mais pensa...
Sobram restos de uma memória vivida
talvez apenas reminiscência de fato passado
um cansaço, um fio tão fino quase se quebrando
e ainda assim desdenhando o sono.

Jacqueline Aisenman, 2009

domingo, 14 de outubro de 2012



PUDIM

Por Martha Medeiros

Não há nada que me deixe mais frustrada
do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar
e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido.
Um só.

Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser, sem pensar em calorias,
boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado,
mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,
mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta
e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente
sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou
e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'....

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar
vários pedaços de pudim,
bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo,
o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
um pudim inteiro,
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago .

terça-feira, 18 de setembro de 2012

coração quebrado

Se coração machucado
fosse apenas tatuagem
uma miragem
de um momento mal fadado...
Mas em geral o que foi tatuado
foi em nosso interior a imagem
como energia em alta voltagem
de um amor inacabado...
Esquecer?
Diga ao tempo, eu quero!
Prosseguir?
Diga ao tempo, eu quero!
Não...
tantas mentiras!
O que eu espero do tempo
O que eu só espero do tempo
é que ele volte,
volte!
Volte até o instante preciso
em que meu coração estava inteiro.


Coração quebrado, Jacqueline Aisenman, setembro de 2012
Imagem by solagratia

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Siga...

Siga o cardume... Eles devem saber o caminho.

Antes de julgar...


“Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... Calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.” (Clarice Lispector)


quinta-feira, 23 de agosto de 2012


BOCA SUJA
 Jacqueline Aisenman

Palavras, palavrões, os impropérios
mistérios da minha língua
e insondada alma.
Levaram tantos anos pra sair de onde estavam
- sabe lá onde é que estava tudo aquilo! -
Escondidos sob a timidez ou um verniz transparente,
a classe dos decentes,
talvez mesmo acometidos de um pudor inexplicável.
Saíram boca à fora, coração brincando de rasgado
misturando raiva e riso descabidos
até se tornarem quase naturais...
sem nunca se despirem naturais.
Doeram ouvidos, dispensaram comentários, fomentaram,
foram o momento de quem nada tinha o que dizer a mais.
A boca... a boca dela... a boca daquela cadela se abriu!


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Muito bom...

Esqueça os pés doloridos e use as asas leves; esqueça os olhos cansados e use os da alma, perenes. Se o corpo dói, tão dentro dele se encontra o remédio!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Muito lindo...

EU NÃO TENHO MAIS SAUDADES

Eu não tenho mais saudades,
tenho cicatrizes.
Feridas fechadas
de dores abertas,
que não sinto mais.
Sonhos perdidos
e esperanças incertas.
Eu não tenho mais saudades,
tenho cicatrizes.
Lembranças amenas,
inventadas talvez,
pontes quebradas
num caminho sem volta.
Eu não tenho mais saudades,
tenho cicatrizes
e só elas doem,
com o tempo, com o vento,
com o que sobrou
dos sentimentos.

domingo, 8 de julho de 2012

Vou sentir saudades...

Luana não vem nestas férias, mas tem um bom motivo:
 Vai conhecer o mar.

Saudades...

 Meus netos foram viajar. Vão ficar uma semana na casa do pai. Ontem comemoramos o aniversário da Luisa.


Lindos meus amores

sábado, 23 de junho de 2012

Não tenho mais os olhos de menina...

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
Lya Luft

sábado, 9 de junho de 2012

Hoje estive pensando...


Remorso
Olavo Bilac


Às vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.


Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!


Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,


Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Musicista

                                 Luisa tocou sax na Japan Fest em Marília.            Estava linda e tocou muito bem.

segunda-feira, 26 de março de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Gostei disto


Ano Novo... nossa nem vi passar.

Tenho dores que já se acostumaram comigo. Fazem quase parte de mim, encostadas que estão em minha pele, meus ossos, minhas articulações.
Tenho dores com as quais já me acostumei. Fazem parte de minha vida, estacionadas que estão em meu coração e fixadas em minha mente.
Para algumas destas dores busco remédios que chegam em caixas ou em ervas. Para outras, trago do fundo de mim memórias ou as afundo no mais recuado canto de mim.
Dores são dores. Na cabeça, no peito... onde for. Dores são dores. Há apenas algumas que teimam em querer aparecer com outros nomes...
(Jacqueline Aisenman)